sábado, 24 de fevereiro de 2018

Equilíbrio hormonal (antes e depois da menopausa) parte 4

Exposição a toxinas
Diminuir a exposição às toxinas é um dos fatores fundamentais para diminuir a inflamação oculta. Somos expostos cotidianamente ao xenoestrógenos encontrados nos pesticidas, plásticos, acetonas e outros poluentes industriais. Você pode começar limpando sua casa dos produtos de limpeza, jogando fora os inseticidas, herbicidas, fungicidas, espirais, aerossóis etc. (os jogadores matutinos de golfe devem ter muito cuidado). Restrinja ao máximo a aplicação de esmaltes e removedores de esmalte, principalmente no caso de crianças e adolescentes (não há, até o momento, alternativa segura). Não use amaciantes ou sabões em pó com petroderivados nas roupas que entraram em contato com sua pele; sem esquecer de que o “cheirinho” ainda será inalado. Prefira sempre produtos sem cheiro.
Uma casa nova é uma sopa de gases tóxicos, por isso, mudanças, reformas e pinturas não são recomendados para mulheres grávidas ou com crianças pequenas, os que mais sofrem nesses casos. Lembre-se de que estas toxinas têm ação residual e continuam atuando mesmo depois do cheiro ter desaparecido do ambiente. Estas recomendações podem ser desafiadoras, mas considere o futuro de seus filhos.
Não acredite nos rótulos de produtos de limpeza e uso pessoal, mesmo que estampem a propaganda de orgânico, natural, hipoalergênico ou dermatologicamente testado. A legislação sobre esses produtos é muito permissiva: um produto pode conter apenas um único ingrediente orgânico para receber o rotulo de “orgânico”. Virtualmente todos os produtos disponíveis para uso no corpo contêm estas substâncias nocivas. A verdade é que a maioria das mulheres entra em contato com estas substâncias até antes da puberdade, usando-as semanalmente por durante toda a idade adulta; já dá para prever o que acontecerá por volta dos 50 anos!
Todos somos vítimas desta obsessão social de que tudo deve ter cheirinho. A exposição eventual não é problemática para a maioria das pessoas, mas não é bom para seus hormônios e sua saúde estar submetido a estes agentes estressantes em sua casa ou seu ambiente de trabalho.

Exercícios & Equilíbrio Hormonal
Se você tem levado uma existência estilo “saco-de-batatas”, considere começar algum tipo de exercício, mesmo que moderado regularmente. Seu equilíbrio hormonal melhorará dramaticamente em poucos meses. O corpo humano foi desenhado para o movimento. Cada sistema de seu corpo, cada órgão, músculos, ossos… funcionam melhor quando são chacoalhados, puxados e esticados regularmente.

Dicas
Hormônios derivados de plantas: não são extraídos da planta, mas modificados em laboratório para criar os hormônios, como a diosgenina e dioscórea, ambas precursoras da progesterona, mas sem ação hormonal direta. Ao contrário do que muitos médicos pensam não se transformam em progesterona no corpo.
Entretanto, um ponto é importante: tomar um hormônio sintético estranho ao organismo é uma das maneiras mais rápidas de confundi-lo e colocá-lo em desequilíbrio. Essas drogas foram criadas não por que trabalham melhor que os hormônios naturais, mas por que podem ser patenteadas e gerar maior lucro.
Lembrete: 
  1. dominância estrogênica é igual a progesterona insuficiente (mesmo se o estrogênio estiver baixo ou normal); 
  2. se depois de usar hormônios naturais por alguns meses os sintomas voltarem: 
    • a dose está alta; 
    • o momento de usar está errado; 
    • deve haver a concorrência dos outros fatores.
Sintomas comuns: acne/pele oleosa (testosterona alta); mamas sensíveis (dominância estrogênica, cafeína); baixa libido (testosterona baixa, dominância estrogênica, estresse); olhos secos (dominância estrogênica, testosterona baixa); pele seca (estrogênio baixo, hipofunção da tireoide); cabelo seco (progesterona baixa); endometriose (exposição à xenoestrógenos); ganho de peso: quadril, glúteo e coxa (dominância estrogênica), abdome (resistência insulínica); mama fibrocística (dominância estrogênica); fogacho/calores (estrogênio baixo, progesterona baixa, perimenopausa); suor noturno (estrogênio baixo, dominância estrogênica, progesterona baixa); cisto de ovário (açúcar e refinados, que eleva a insulina que estimula os ovários a produzir androgênios); relação sexual dolorosa (estrogênio baixo, testosterona baixa); TPM (dominância estrogênica); pele fina (testosterona baixa, estrogênio baixo); mioma uterino (dominância estrogênica); secura vaginal (estrogênio baixo, testosterona baixa); retenção liquida (dominância estrogênica, estrogênio alto).
Natural x sintético: os hormônios naturais ao corpo são estradiol, estrona, estriol, progesterona e testosterona; androstenediona e dehidroepiandrosterona (DHEA) são naturais, mas podem se transformar em estrogênio no corpo.
Freqüência de uso: fazer pausa de 4 a 5 dias a cada mês; revitaliza os receptores; sangramento vaginal na menopausa significa estrogênio em excesso: sinal para diminuir a dosagem.
SHBG elevado inativa os hormônios tornando-os menos disponíveis para as células: pode significar inflamação, pressão alta, triglicerídeos altos e hipofunção da tireoide.
A progesterona transdérmica funciona melhor, pois passa pela pele e atinge rapidamente o tecido subcutâneo. Quanto maior a deficiência, mais rápida é a absorção. Essa via de aplicação é a que mais se aproxima da liberação natural do hormônio pelos ovários. Deve ser aplicada alternadamente onde a pela é fina (palmas, plantas, face interna dos braços, atrás dos joelhos, abaixo das escapulas), mamas (se houver cistos) ou vaginal (se houver secura). Uma sugestão é aplicar duas vezes ao dia, usando uma quantidade maior à noite e menor pela manhã. Evite passar progesterona nos glúteos, face interna da coxa e abdome, e estrogênio nas mamas, face e pescoço. Não aplique hormônios em áreas onde você aplica outros cremes.
Hormônios e câncer: Os trabalhos que mostram a correlação entre progesterona e câncer usaram, na verdade, progestina (sintética) e não progesterona natural. Não é o estrogênio que causa câncer, mas a dose excessiva e a dominância estrogênica aumentam o risco.
Nunca se deve usar estrogênio sem progesterona. Estrogênio aumenta ceruloplasmina que se liga ao cobre e impede sua entrada nas células cerebrais e consequentemente o zinco sobe, levando à reações exageradas ao estresse.
Mulheres com elevação de testosterona: perda de cabelo, crescimento de pelos no resto do corpo, acne, ovários policísticos e irritabilidade.
Depois da menopausa, por volta dos 55 anos, os ovários produzem 60% menos estrogênios e quase nenhuma progesterona, mas continuam produzindo testosterona até os 70 anos (por isso, é raro usar suplementação antes desta idade). E ao contrário da crença popular (incluindo os médicos), os ovários não param de funcionar com a menopausa. O estroma, a parte interna, ainda é capaz de fabricar todos os hormônios esteroides até o final da vida. Um deles, a androstenediona, um hormônio masculino, pode ser convertido a estrógenos nas células gordurosas, mas esta ação pode ser bloqueada quando há excesso de insulina.
Se depois de 6 meses usando creme de progesterona a libido continuar baixa, avalie os níveis de testosterona e DHEA (estresse, hipofunção da tireoide também contribuem). O excesso de estrogênio ou progesterona na reposição também diminui a libido.
Dominância estrogênica: 10 ou 15 anos antes da menopausa, muitas mulheres têm ciclos anovulatórios, isto é, produzem estrogênio suficiente, mas não progesterona. Usar creme de progesterona pode prevenir os sintomas da TPM, sinal de dominância estrogênica. O estresse também contribui para a TPM, pois o cortisol ompete pelos receptores da progesterona.
Transdérmico (creme, gel ou óleo). Começa a circular segundos após a aplicação e alcança seu pico em 3 ou 4 horas, mantendo nível adequado por 12 horas. Usar 2 vezes ao dia, sendo a quantidade maior à noite pode ser uma boa ideia. É a forma de absorção mais efetiva. Também deve haver rotação entre os locais de aplicação.
80% da progesterona mensurável no plasma são de metabólitos inativos da progesterona.
Algumas mulheres, ao tomarem altas doses de progesterona a convertem em deoxicorticosterona que provoca mamas pesadas, gases e fadiga.
Na histerectomia, ocorre uma menopausa induzida 1 ou 2 anos depois, pois os ovários perdem muito de sua vascularização e param de funcionar. Além disso, há diminuição na produção de DHEA e testosterona à metade.
Importante: aplicar após o banho.
Se os calores voltarem a ocorrer durante a pausa, tente reduzir a dose gradualmente 2 ou 3 dias antes da pausa e, se não funcionar, reduza o tempo de pausa para 3 dias.
A progesterona desempenha papel fundamental na acne e pelos faciais dos meninos por bloquear a conversão de testosterona em DHT, que ocorre dentro da célula. A progesterona bloqueia a 5-alfa-redutase (que faz esta conversão) por ocupar o sítio de ligação da enzima, prevenindo a formação e a ação do DHT.
Meninas que desenvolvem pelos faciais, cabelos finos, abdome proeminente estão com déficit de enzimas e cofatores (vitaminas e minerais) necessários para a conversão de androstenediona em estrógenos. Esta dominância androgênica também pode ocorrer na dieta rica em açucares e carboidratos.
Pacientes com DHEA com nível normal, mas na metade inferior da faixa, com história de fadiga crônica, experimente suplementar e observe a resposta.
Algumas mulheres produzem muitos androgênios na menopausa, por estímulo do LH (hormônio luteinizante), pois não há mais o ciclo estrogênio/progesterona que a acompanhou durante a vida fértil e isso faz com que o corpo não a elimine adequadamente. É a progesterona que induz à eliminação da testosterona em excesso, suprimindo o SHBG e por inibir a 5-alfa-redutase (que converte a testosterona em DHT).
O FSH estimula o ovário a produzir estrógenos, provoca a maturação do folículo e sensibiliza os receptores deste ao LH. O LH, por sua vez, aumenta 1 ou 2 dias antes da ovulação e cai abruptamente assim que o corpo lúteo começa a produzir progesterona.

Fonte:
http://ecologiacelular.com.br/o-equilibrio-hormonal-antes-e-depois-da-menopausa/

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