sábado, 23 de abril de 2016

Barriga chapada com exercícios e alimentação

A gordura presente no abdômen tem a função de amortecimento em torno dos órgãos e por isso precisa existir em certa quantidade. Mas em tempos de valorização da saúde e da aparência, tudo o que homens e mulheres mais querem é ter uma barriga seca.
O acúmulo de gordura abdominal pode levar à pressão arterial elevada, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, demência e alguns tipos de câncer, como de mama e cólon.
Manter uma boa alimentação, fazer exercícios, dormir bem e não se estressar: estes têm sido os principais conselhos de médicos e especialistas para ter uma barriga seca em um corpo saudável.
Acompanhe em detalhes como trabalhar cada um destes itens e conquistar a sonhada barriga seca perfeita.
Como saber se você precisa tratar o acúmulo de gordura abdominal
Especialistas indicam que o tamanho da cintura das mulheres deve ser menor que 89 centímetros e dos homens menor que 101 centímetros. É claro que é preciso levar em conta a estrutura de cada pessoa, mas se você está muito acima destas medidas, é um indicador que você precisa adotar medidas para evitar problemas futuros de saúde.
O formato do corpo também denuncia prováveis problemas. Ter o corpo em com quadris maiores e coxas (o formato pera), é considerado mais seguro do que ter uma cintura mais larga (forma de maçã).
Os especialistas explicam que se a pessoa tem maior acúmulo de gordura na região abdominal, é provável que ela tenha mais gordura também entre os órgão desta área do corpo, o que pode prejudicar o seu funcionamento e acarretar doenças fatais.
Exercícios acabam com a gordura visceral e proporcionam uma barriga seca 
Exercitar-se moderadamente por pelo menos 30 minutos cinco dias por semana é a receita mais comum para queimar gordura no corpo todo. Caminhadas contam, desde que sejam rápidas o suficiente para acelerar a respiração e o ritmo cardíaco a um nível mais rápido do que o habitual.
Para obter os mesmos resultados, porém em menos tempo, é preciso intensificar o ritmo e fazer exercícios físicos mais vigorosos como correr 20 minutos por dia, quatro dias por semana.
Exercícios vigorosos em academias usando bicicletas ergométricas, aparelhos elípticos ou remo também são eficazes para diminuir a gordura visceral se feitos durante 30 minutos, pelo menos três vezes por semana.
8 Exercícios em sequência para fazer em casa e conquistar a sonhada barriga seca 
A gordura corporal é como um órgão e se instala por todo o corpo à medida que é ingerida. Por isso, não é possível removê-la de apenas uma parte do corpo isoladamente a não ser por lipoaspiração.
Após queimar gordura total através de exercícios, no entanto, para conquistar uma barriga seca é importante fazer abdominais. Eles trabalham os músculos estabilizadores que dão forma à barriga e ajudam a enrijecer e tonificar toda a região.
Veja uma sequência completa que pode ser repetida diariamente.
1. Flexões abdominais - Este exercício trabalha a parte superior do abdômen. Deite no chão e coloque as mãos nos ouvidos em vez de atrás da cabeça para evitar tensão no pescoço. Flexione os joelhos com os pés no chão. Em seguida, levante os ombros e a parte superior das costas para cima com o rosto apontando para o teto. Expire quando chegar o mais longe do chão que você puder. Segure por um segundo, inspire à medida que for voltando à posição inicial. Repetir a sequência entre 15 e 25 vezes.
2. Flexão e giro - Este exercício trabalha os músculos oblíquos. Comece com a mesma posição que o exercício acima (flexões), mas desta vez, levante-se lentamente e gire a base da cintura para a esquerda. Tente tocar o joelho esquerdo com o cotovelo direito. Realinhe o corpo e desça voltando à posição inicial. A próxima vez que levantar o corpo, gire a cintura para o lado oposto e tentar tocar o joelho direito com seu cotovelo esquerdo. Repita um giro para cada lado de 10 a 15 vezes.
3. Flexão com as pernas levantadas - Deite no chão com as pernas estendidas. Levante as pernas retas sobre seus quadris e flexione o abdômen até que suas mãos cheguem a seus pés. Volte os braços para trás ao mesmo tempo que abaixa a perna esquerda. Repita o movimento até as mãos tocarem os dedos dos pés, mas desta vez abaixe a perna direita quando levar os braços para trás em direção ao chão. Repetir 20 vezes alternando os lados.
4. Prancha ventral - Este exercício é ótimo para fortalecer os músculos do centro do abdômen e também para as costas. Fique de bruços no chão e levante o corpo mantendo-o apoiado somente na ponta dos pés e nos cotovelos e braços.
Contraia o abdômen e mantenha o corpo o mais reto possível sem dobrar os joelhos. Não prenda a respiração. Mantenha-se parado nesta posição o tempo que conseguir e, em seguida, descanse. Repeta de 2 a 3 vezes. Vá aumentando o tempo aos poucos
5. Elevação do quadril - Deite no chão de costas com os braços ao lado do corpo, as palmas das mãos voltadas para baixo. Levante as pernas retas a 90 graus dos quadris e flexione os pés para frente. Em seguida, levante os quadris do chão usando os músculos do centro do abdômen para fazer força. As pernas vão se elevando. Depois, volte para a posição inicial. Repita 15 vezes.
6. Flexão com abertura de pernas - Deite-se no chão na mesma posição do exercício anterior. Estenda os braços para trás, inspire profundamente, e expire lentamente levantando a cabeça e os ombros e os braços do chão. Abra as pernas para que seus braços passem através de suas pernas e depois volte à posição inicial. Repita esse movimento por 1 minuto.
Quando você quer trabalhar seus oblíquos, pique cada mão através da perna oposta, por exemplo, quando você levantar a cabeça e os ombros do chão, cortar com a mão direita através de sua perna esquerda e alternar entre os lados.
7. Prancha lateral - Deite-se no chão sob seu lado direito, com o corpo todo estendido. Apoie o cotovelo direito no chão no rumo do ombro. Contraia os músculos do abdômen e eleve o quadril e os joelhos do chão. Mantenha a posição pelo tempo que puder e, em seguida, retorne à posição inicial. Faça o mesmo do outro lado e repita alternando.
8. Flexão com abaixamento de pernas - Deite-se de costas no chão e eleve as pernas a 90 graus dos quadris. Abaixe lentamente as pernas sem tocar o chão e sem levantar a inferior das costas. Em seguida, retorne as pernas para a posição inicial. Repita 10 vezes.

Cuidar da alimentação é fundamental para ter a barriga seca
Embora a genética desempenhe seu papel no acúmulo de gordura na barriga, a maior parte deste volume está relacionada ao estilo de vida pouco saudável, ou seja, ser fisicamente inativo e consumir calorias em demasia. Ser fisicamente ativo é uma das opções para a perda de gordura da barriga, mas combinar exercícios como a sequência indicada acima, com uma alimentação saudável, é uma forma de quem deseja ter uma barriga seca conseguir resultados muito mais rápidos.
Qual é o elo comum entre as várias listas de alimentos que combatem a gordura da barriga?
É comum encontrarmos listas de alimentos que combatem a gordura da barriga e isto pode ser bastante confuso, inclusive porque as listas variam muito em número de itens e conteúdo.
É difícil saber qual delas escolher, afinal, não há nenhuma dieta mágica para a conquistar a barriga seca, então aqui vamos nos concentrar em seis categorias de alimentos que ajudam a manter melhor o peso e secam a barriga ao longo do tempo:
Grupo 1: Alimentos que contêm fibras - Pesquisas mostram que pessoas que inserem 10 gramas de fibra solúvel por dia em sua alimentação, mesmo sem fazer outras alterações na dieta, acumulam menos gordura visceral ao longo do tempo do que as outras. Isto significa trocar o pão branco por integral, comer duas maçãs pequenas, uma xícara de ervilhas verdes, ou meia xícara de feijão diariamente.
É por isso que muitas listas contêm alimentos ricos em fibra como feijão, legumes, várias frutas e legumes com a pele, grãos integrais e aveia. Tente incluir fibra solúvel em cada refeição e lanche durante todo o dia. Se você não está acostumado a comer tanta fibra, adicione-as gradualmente para evitar gases e diarreia e tome pelo menos de 6 a 8 copos de água diariamente.
Grupo 2: Alimentos que aumentam o metabolismo - Alguns dos melhores alimentos para aumentar o metabolismo são:
Chá verde – Ele contém um fotoquímico chamado EGCG que promove a perda de peso através da elevação do calor corporal interno e da oxidação da gordura;
Pimenta Caiena – Ela contém o composto químico capsaicina, que aumenta a temperatura interna do corpo, e, para tanto, consome energia, contribuindo para aumentar o metabolismo;
Vinagre – O ácido acético do vinagre é a razão pela qual ele funciona. Ele faz com que o corpo produza proteínas que quebram a gordura e ajudam a prevenir o ser acúmulo em partes específicas do corpo.
Grupo 3: Alimentos quentes - Quando falamos em alimentos quentes nos referimos aos em temperatura elevada ou picantes. Os picantes se justificam por acelerar o metabolismo, como descrito no item anterior. 
A comida quente, no entanto, é digerida mais lentamente e pede água, o que sacia a fome. É por este motivo que a aveia e outros cereais base para mingaus e sopas são encontrados em muitas listas de alimentos para uma barriga seca.
Grupo 4: Alimentos ricos em água - Estes alimentos ocupam mais espaço no intestino, o que sinaliza ao cérebro que você comeu o suficiente, e a fome passa. Muitas frutas e legumes contêm uma grande quantidade de água e nutrientes, mas são baixos em calorias, e é por isso que eles aparecem em muitas listas, especialmente a melancia.
Outras frutas com alto teor de água são as frutas vermelhas silvestres, toranja, melão, laranjas, maçãs, peras, entre outras. Alguns dos legumes que têm elevado teor de água são pepinos, alface, aipo, rabanete, abobrinha, tomate e repolho. 
Além de serem cheios de água, as frutas e legumes em geral também são uma boa fonte de fibras e muitos outros nutrientes antioxidantes. As frutas ainda satisfazem o desejo por doces e os legumes, por outro lado, satisfazem o desejo de mastigar e pode substituir refeições mais calóricas.
Além de comer alimentos que são ricos em conteúdo de água, tomar água em abundância ajuda a derreter a gordura localizada.
Grupo 5: Alimentos ricos em proteínas - Proteínas mantêm a saciedade e levam mais tempo para serem digeridas. Isto porque as moléculas de proteína são longas cadeias com ligações fortes que são mais difíceis de se quebrar, e todo o processo é mais demorado.
Calcula-se que, para obter 100 calorias de um alimento de proteína, o organismo precisa consumir 30 calorias, enquanto que para processar gordura são necessárias apenas 12 calorias, e para carboidratos, somente 7.
É por isto que muitas listas contêm iogurte desnatado e com baixo teor de açúcar, leite desnatado, carne magra, peixe e ovos, ou ainda proteínas vegetais como feijão, legumes, cereais integrais, nozes e certas sementes.
Grupo 6: Alimentos que contêm cálcio - A ligação entre o consumo de cálcio e a barriga seca vem sendo alvo de estudos há vários anos. Algumas pesquisas mostraram que o consumo de leite pode realmente diminuir medidas no abdômen em pessoas saudáveis.
Um estudo da Universidade do Alabama analisou um grupo de mais de 100 mulheres na pré-menopausa, divididas entre as que ingeriam alimentos ricos em cálcio e outras que não o faziam. Os resultados mostraram que para cada 100 miligramas de cálcio que as mulheres consumiam por dia (cerca de 1 potinho de iogurte grego), elas perderam 2,5 centímetros de gordura intra-abdominal ao final da pesquisa.
Além dos alimentos lácteos, o cálcio também é encontrado em sardinhas, suco de laranja fortificado, tofu e folhas verdes escuras como couve e espinafre.
Cuidar do sono e evitar o estresse também evita o acúmulo de gordura na barriga
Um estudo recente mostrou que pessoas que dormem de 6 a 8 horas por noite ganham menos gordura visceral ao longo de cinco anos, em comparação com aquelas que dormem menos de 5 ou mais de 8 horas por noite. Segundo especialistas, quando mantemos horas suficientes de sono, queimamos mais calorias porque o sono afeta a fome e a produção de hormônios que influenciam o metabolismo.
Um estudo descobriu que a suplementação de magnésio pode ajudar a manter o humor e a ajudar pessoas que têm dificuldade para dormir. A falta de magnésio influencia na parte do cérebro que regula a melatonina, substância que controla o sono. Alguns alimentos ricos em magnésio são nozes, lentilha, soja e feijão preto.
Além disso, verificou-se que as pessoas que não dormem o suficiente são menos ativas no dia seguinte, queimam menos calorias e estão mais propensas ao estresse.
Altos níveis de estresse fazem com que o corpo opere de maneiras para garantir a sobrevivência e uma forma de defesa é aumentar as reservas de gordura. O corpo faz isso porque ele pode contar com essas reservas de gordura em tempos de fome. Situações de estresse devem ser evitadas porque levam à degradação muscular e a um aumento nos depósitos de gordura na barriga tanto por razões fisiológicas quanto psicológicas.

Fonte:
http://www.mundoboaforma.com.br/como-ter-uma-barriga-seca-alimentacao-e-exercicios

sábado, 16 de abril de 2016

Azia, Refluxo, Indigestão, Gases, Inchaço em Excesso?

O problema pode ser sério e está espalhado por aí de uma maneira impressionante  – pelo menos um em cada cinco brasileiros tem essa queixa. Não chega a ser uma questão de vida ou morte, mas incomoda, e muito. Refiro-me aos gases – quase sempre acompanhados de inchaço abdominal, borborigmos (aqueles sons embaraçosos vindos da barriga) e desconforto, que pode ser dor do tipo cólica. Quem apresenta esse quadro sabe do que estou falando, e de como a vida poderia ser bem melhor sem esses sintomas.
O que fazer quando os exames de intolerância à lactose, anticorpos ou doença celíaca vêm com resultados negativos? O que fazer com os gases? O que resta investigar? Será então a síndrome do intestino irritável, logo devo entrar com medicações para aliviar a dor e parar por ai? Indicar dieta com fibras, pouco álcool, pouca cafeína e gordura, além de prescrever probióticos?  O artigo no qual me lanço trata justamente sobre esses casos e nele abordarei uma conduta para reduzir ou acabar com os gases e o inchaço: a estratégia FODMAP.
Curiosamente, um achado comum nesses pacientes é a restrição que possuem a determinados alimentos, sendo os principais deles o feijão, o brócolis, o pimentão e a lentilha. Eles relatam que quase imediatamente ao consumi-los, apresentam os sintomas digestivos do começo do texto. Logo, fica evidente que essas pessoas não conseguem digeri-los adequadamente, sofrendo efeitos de sua fermentação dentro dos intestinos. Acredito que essa foi a pista inicial para pesquisadores australianos, em especial Sue Shepherd, debruçarem-se sobre a composição de determinados alimentos e tentar identificar quais causam sintomas.
Nós somos o que nós comemos. Isso não quer dizer que se comermos gorduras engordamos, ou se comer açúcar viramos um pudim. Mas quer dizer que a nossa saúde, emagrecimento e bem estar depende diretamente de quais alimentos nós comemos, da qualidade do cultivo/criação e do preparo desses alimentos. Claro, o que a gente come tem um impacto direto na nossa digestão também!
O que são FODMAPS?
É um acrônimo para um conjunto de carboidratos osmóticos que podem ser de difícil digestão para algumas pessoas – “Fermentable, Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides and Polyols” – Traduzindo do inglês, (Oligo/di/mono) sacarídeos e polióis fermentáveis.
Esses carboidratos passam pelo nosso estômago e intestino sem ser digeridos e vão parar no intestino grosso, onde são digeridos por parte da flora bacteriana, produzindo Hidrogênio. É o mesmo processo que acontece com as fibras e os prebióticos que alimentam nossas bactérias boas. Porém, quando se alimenta as bactérias boas, elas produzem Metano. Esse hidrogênio pode inchar a barriga, pode acontecer um excesso de gases, constipação, retenção de liquido, diarréia, dores estomacais, cólicas e distensões intestinais.
Outro detalhe importante é que alguns desses carboidratos, como as fructanas e a rafinose são digeridos por bactérias da flora intestinal e, caso ela não se encontre em equilíbrio – condição chamada de disbiose –, os sintomas prevalecerão sempre. A flora intestinal é alvo frequente de pesquisas envolvendo não só aspectos digestivos, mas aquelesrelacionados ao sistema imunológico e à obesidade. A prescrição de probióticos e prebióticos é crescente e encontra espaço em casos de distensão, diarreia e constipação. Por último, como essas queixas guardam relação com o sobrepeso e obesidade, preparem-se para trata-las no dia-a-dia, pois serão cada vez mais frequentes! Quem sofre com os gases não necessariamente apresenta intolerância a todos os carboidratos FODMAP, podendo, em grande parte dos casos, ter dificuldade com um ou dois tipos. É comum, no entanto, a intolerância combinada à lactose e à frutose, assim como ocorre com quando da doença celíaca, quando muitos pacientes não toleram o glúten e a lactose simultaneamente – mais de 30% dos celíacos também não consegue digerir a lactose.
Voltando aos FODMAP’s, agora falando sobre a frutose, há problemas tanto na sua quantidade quanto na relação à de glicose: mesmo alimentos não tão ricos em frutose podem causar sintomas quando a relação está aumentada (maior que um) – é o caso da manga, por exemplo, que apresenta 3 gramas de frutose por 100 g (o que não tão elevado), porém a relação frutose/glicose é de 3,1.
Para muitos leitores, acredito que essa questão FODMAP soe como uma novidade, porém, há pesquisas que a embasam cientificamente há pelo menos 15 anos e, com as recentes publicações em revistas indexadas de nutrição e gastroenterologia, o assunto ganha relevância.  Os resultados do benefício de uma dieta com baixo FODMAP são, com o perdão do exagero da palavra, extraordinários em pacientes com a síndrome do intestino irritável – até 74% de redução nos sintomas.  Em 2015, diversas revisões científicas sobre a dieta foram publicadas. Destaco a meta-análise do European Journal of Nutrition, que analisou seis ensaios clínicos randomizados e 16 outros estudos com diferente metodologia. A revisão comprovou as estatísticas iniciais dos benefícios da abordagem no tratamento de sintomas da SII, ou seja, redução de dor e borborigmos na casa dos 80%.
E quais seriam as explicações para esses resultados surpreendentes? Hoje, através da análise fecal de pacientes submetidos à dieta com restrição de FODMAP, sabemos que ela altera a flora intestinal, reduzindo a quantidade de bactérias produtoras de butirato. Ainda há muito a ser elucidado, porém, na vigência de uma limitação que os médicos temos em resolver ou amenizar esses sintomas, um teste com restrição desses carboidratos fermentáveis pode ser uma oportuna escolha.
Ressalto que essa síndrome é  uma condição de prevalência significante – mais de 15% da população adulta – e ainda carece de recomendações nutricionais específicas, ficando o tratamento focado na redução dos sintomas, nem sempre às causas.  Nela, acredita-se que o paciente acometido tenha a percepção da distensão intestinal alterada, ou seja, tolera menos o excesso de gazes, que no caso, pode ser causado pela intolerância aos carboidratos fermentáveis da lista.
Em dissertação defendida em 2013, na USP, o feijão foi indicado como um dos alimentos que mais deflagrou crises em pacientes com a síndrome do cólon irritável.
E como é a estratégia FODMAP?  Não é fácil. Na verdade, ela exige muita disciplina! Nela, retiram-se da dieta todos os alimentos contidos numa grande lista. É claro, outra grande lista de alimentos permitidos também é oferecida! Orienta-se o paciente a seguir com a dieta de baixo FODMAP por 4 a 6 semanas, logo, “desafios alimentares” são feitos com a introdução dos mesmos por grupos e em baixa quantidade. Inicia-se por frutose, lactose, sorbitol e manitol. Após, continua-se com fructanas e GOS (rafinose). Deve-se tentar aumentar as quantidades de cada grupo até a tolerância máxima, isso porque como você pode constatar na tabela, a maioria dos alimentos ricos em FODMAP é muito saudável, apresentando efeitos benéficos também para a digestão – pelo efeito prebióticos e quantidade de fibras.
Cabe reforçar: a dieta de baixo FODMAP é prescrita temporariamente, até que os alimentos gatilhos sejam identificados! Isso porque a carga prebiótica da dieta é baixa, o que pode levar a quadros de constipação e disbiose caso ela seja mantida por muito tempo.
Existem outras condições que ainda estão sendo estudadas e que estão relacionadas aos sintomas, como a intolerância ao glúten na ausência da doença celíaca e a dificuldade na digestão de algumas substâncias como a cafeína. Quanto à condição de intolerância ao glúten na ausência de testes confirmatórios para a doença celíaca, há grande possibilidade da intolerância de base ser exclusiva ao trigo – não ao glúten! A intolerância ao glúten não celíaca, seria na verdade um tipo de intolerância FODMAP. Impressiono-me com a quantidade de estudos nessa área e a “fermentação” do tema nutrição e saúde intestinal na medicina. Existem pistas, porém ainda muitas incertezas e algumas desconfianças – como é normal com qualquer “novidade” na área da saúde. Os artigos científicos mais recentes, porém, apontam uma tendência pró-dieta com baixo FODMAP e deixam sempre claro que há a necessidade de ir cada vez mais a fundo em pesquisas com essa abordagem.
Trazendo para o campo das soluções, além da identificação e retirada dos carboidratos que causam os gases, alguns recursos terapêuticos podem ajudar. Há também uma infinidade de probióticos nas prateleiras de farmácias e supermercados, que podem ser bastante úteis.

Quais alimentos contém FODMAPS?
FODMAPS não são necessariamente bons ou ruins. E se você não tem problemas com os bons, não há porque evitar. Um FODMAP pode alimentar a flora boa de uma pessoa e a ruim de outra, etc. Mas se você tem problema com excesso de gases, constipação, retenção de líquido, diarréia, dores estomacais, cólicas e distensões intestinais pode ser algum desses alimentos a causa, ou vários. O ideal é que você fique de olho pra descobrir. E fique um período sem comer o alimento que você suspeita pra ver se é esse alimento. Faça um teste!
Um intestino mais saudável também pode ajudar nos casos de ansiedade e depressão.
Quem sofre de Síndrome do Intestino Irritável também pode se beneficiar bastante ao remover os FODMAPS do próprio cardápio. Pessoas com doença de Cron e colite ulcerativa também.
Lembrando sempre que ninguém deve começar uma dieta restritiva ou tratamento por conta própria. Procure sempre um profissional para orientá-lo.

Fonte:
http://emagrecerdevez.com/azia-refluxo-indigestao-gases-inchaco-em-excesso
http://www.leandrominozzo.com.br/blog/a-estrategia-fodmap-contra-os-gases/

sábado, 9 de abril de 2016

Cardápio antiflacidez


Com o tempo diminui o tamanho dos músculos deixando o visual frouxo, resultado de uma vida sedentária, ou da redução do ritmo do metabolismo (o que ocorre, geralmente, depois dos 30).
A Flacidez de pele agride a camada subcutânea da derme e é caracterizada pela perda de fibras de sustentação (colágeno e elastina), ocorre devido á genética, gestação ou envelhecimento.
Quando analisamos nosso peso isoladamente, muitas vezes, verificamos eutrofia, isto é, equilíbrio entre nossas medidas de peso e altura. Mas, porque então, tantas mulheres estão insatisfeitas com seu corpo?
Ora, a resposta é muito simples: nosso peso é apenas 1 medida que deve ser avaliada na determinação da composição corporal. É só pensar: se somos formados de ossos, músculos, água e gordura, é necessário um equilíbrio entre todos esses compartimentos para refletir uma corpo realmente “saudável”.
Por isso, algumas vezes, para alterar nossa composição corporal, não é estritamente necessário o emagrecimento, mas sim a mudança de hábitos de vida e alimentares.
Vou explicar: vamos imaginar uma mulher com peso adequado para a altura, apresentando flacidez. Como contornar o problema?
Primeiramente, devemos entender que para termos uma pele firme é necessário uma substância chamada colágeno, que é sintetizada a partir dos aminoácidos (proteínas) lisina, prolina e glicina e de outros nutrientes como vitamina C, cobre, zinco, manganês e o silício.
Partindo desse princípio, podemos concluir que para tratar a flacidez da pele é importante fornecer esses nutrientes através da alimentação diária:
Dicas para ter uma pele firme:
Lisina, prolina e glicina - Adicione a gelatina sem sabor no suco natural para obter a lisina, prolina e glicina. É importante usar a gelatina sem sabor pela ausência de corantes e edulcorantes artificiais, que são substâncias que desgastam nutrientes do organismo.
Vitamina C - São achadas em frutas ácidas, como, laranja, limão, acerola, goiaba, tomate, kiwi, abacaxi, morango, salsa e pimentão.
Cobre - É achado em frutos do mar, grãos integrais, feijões, nozes e batatas, folhas verde-escuras, frutos secos (ameixa, damasco e figo secos), cacau e levedura.
Zinco - Presente em alimentos ricos em proteínas, carnes magras, frango, peixe, amendoim, leite e derivados, leguminosas (feijão, lentilha, soja), nozes e cereais integrais.
Obs: o zinco proveniente de proteínas vegetais não é tão bem aproveitado pelo organismo quanto o zinco de origem animal.
Manganês - É encontrado em abacaxi, oleaginosas (amendoim, castanhas, nozes), aveia, arroz integral, farinha de trigo integral, espinafre, batata doce, chá-preto e chá-verde.
Silício - Está presente na aveia, cevada, salsa, nabo, avelã e feijão.

Um cardápio antiflacidez traz inúmeros benefícios à beleza da mulher, pois além de elevar a autoestima das mesmas, ela proporciona bom humor, pele firme e muito mais. Quando se trata da antiflacidez, significa que o corpo será mais hidratado, o que de certa forma fará com que as mulheres se sintam mais seguras na hora de emagrecer, pois com essa dieta o corpo não terá resultados de estrias e nem de celulites. Essas refeições são ricas em colágenos, que agradam as beldades femininas e as fazem ter dias melhores.
Essa dieta funciona basicamente com alimentos bem leves e ricos em fibras e colágenos que são em sua maioria, frutas, legumes e verduras. Os sucos funcionais desses alimentos são os mais indicados, pois em apenas um copo deles, as pessoas podem ter nutrientes suficientes para emagrecer, hidratar o corpo e elevar a autoestima. É através de reeducação alimentar e alimentos saudáveis que a dieta funciona e o cardápio acima pode ser modificado de acordo com o seu paladar, as frutas podem ser consumidas em diferentes sabores e muito mais. Se incluir atividades físicas no dia a dia, os resultados serão com certeza, mais significativos e as mulheres podem manter o corpo sempre firme. As aulas de pilates, lutas, danças e outras mais revelam exemplos de sucesso com o corpo perfeito. Faça a sua dieta e emagreça com saúde!
gengibre

Alimentos para uma dieta anti-flacidez
TABELA 1 - alimentos com índice glicêmico maior que 50
Pão baguete 95                 Arroz 95
Pão de hambúrguer 87      Flocos de milho 82
Wafer de baunilha 77        Donut 76
Waffle 76                          Bala 70
Croissant 67                      Bolo comum 67




TABELA 2 - Alimentos que devemos evitar na dieta anti-flacidez
Abóbora-moranga             Açúcar                     Amido de milho                Arroz
Bacon                                Balas                        Banana                              Batata
Bebidas alcoólicas (destilados, cerveja, vinho e licores)
Biscoitos                           Bolos                        Cachorro-quente               Café
Cenoura                            Cereais (exceto aveia sem açúcar)
Chocolate                         Cream cheese           Creme de leite integral     
Doces de confeitaria em geral                           Ervilha                              Farinha de trigo
Fritura                               Frutas secas             Geléias                              Granola
Laranja                              Leite integral           Macarrão instantâneo       Mamão papaya
Manga                              Manteiga                   Massas em geral              Mel
Melaço                             Melancia                   Milho                               Pães
Panqueca                         Pipoca                        Pizza                               
Pudim e Refrigerante (inclusive diet)                Requeijão                        Sorvete
Suco de frutas                 Tortas em geral

TABELA 3 - Alimentos sem restrição
Abacate                         Abobrinha                       Acelga                           Aipo
Alho                              Ameixa                            Amêndoas                    Amora-preta
Aspargos                      Aveia (sem açúcar)           Avelãs                          Azeitona
Bacalhau                      Berinjela                           Brócolis                       Camarão
Carne branca de frango                                         Cebola                         Cebolinha
Chá (exceto mate e preto)                                     Clara de ovo                Coalhada
Coentro                       Cogumelos                        Couve-de-bruxelas     Couve-flor
Couve-manteiga         Endívia                               Endro                          Erva-doce
Escarola                      Espinafre                            Feijão                          Filé de linguado
Folhas verdes              Framboesa                        Gengibre                     Grapefruit
Iogurte (natural desnatado)                                    Kiwi                            Lagosta
Leguminosas               Leite desnatado                  Limão                         Maçã
Mariscos                     Melão-amarelo                   Melão-cantalupo        Mexilhão
Nectarina                    Nozes                                 Óleo de oliva              Peixes de água salgada
Pepino                        Pera                                     Peru                            Pêssego
Pimentão (verde, amarelo, vermelho)                    Queijo cottage           Queijo feta
Rabanete                    Repolho                               Salmão (fresco e defumado)
Salsão                        Salsinha                               Sardinha                    Sopa de lentilha
Suco de tomate          Tofu                                     Tomate                      Truta

gelatina
Exemplo de cardápio
Café da Manhã
Suco verde
Omelete
Chá branco com gengibre
Lanche da Manhã
Fatias de Melancia
4 avelãs com iogurte
Mingau de aveia com whey protein
Almoço
Saladas e legumes à vontade
Arroz integral
Carne branca grelhada
Lanche da Tarde
Gelatina com colágeno e morangos
Shake de frutas com iogurte
1 maçã
Jantar
Legumes no vapor
1 peixe grelhado
Arroz integral
Ceia
Suco rosa com linhaça

É importante saber que, assim como existem alimentos que auxiliam na manutenção de uma pele firme e saudável, existem outros que atuam de modo contrário, provocando ou agravando a flacidez, pois exercem efeito tóxico na pele.  São eles: refrigerantes, doces, frituras, gorduras de origem animal, embutidos (salsicha, linguiça, calabresa, hambúrguer), frios, queijos amarelos e alimentos ricos em sódio como sal, caldos prontos, temperos prontos e salgadinhos.
Além de cuidar da alimentação, procurem  eliminar o sedentarismo e melhorar a hidratação. Afinal, atividade física e ingestão hídrica são essenciais para alcançar o resultado desejado. Por isso, não descuidem dessa dupla!
Vale lembrar que, na flacidez, milagres não existem. Por isso, o esforço e a dedicação são fundamentais!

Fonte:
http://www.seucorpoperfeito.com.br/dieta-antiflacidez-para-emagrecer-beneficios-cardapio-e-como-funciona
http://dieta.blog.br/dieta-anti-flacidez-acabe-com-a-flacidez-rapido-e-facil
http://www.clinicadenutricao.com.br/nutricaoesaudefinal.php?id=515
http://www.anutricionista.com/nutricao-na-flacidez.html

sábado, 2 de abril de 2016

Um órgão vital que você pode estar maltratando

Você sabia que é muito importante cuidar do seu intestino pra emagrecer?
Um intestino saudável é por onde a saúde começa: Ele tem uma grande influência no nosso humor (no estado mental), na nossa aparência (pele, unha, cabelos) e no nosso metabolismo.
Alguns indícios de que o intestino vai mal: confusão e cansaço mental, mal humor, olheiras, unha e cabelos fracos, e, advinhe? Espinhas!
A nossa pele não mente. Hoje eu bato o olho na pessoa e sei na hora se o intestino dela está saudável ou não, só olhando a pele dela.
Sem falar que a nossa nutrição acontece quase que completamente pelo nosso intestino e pelas lindas bactérias que o habitam, ou seja: Problemas intestinais podem atrapalhar a absorção dos nutrientes mais importantes para sua saúde.
Pra mim existem três dicas simples pra quem quer ter uma boa saúde intestinal:
1 – Evitar os alimentos que atrapalham seu intestino
Esse é um dos principais motivos pelo qual não consumo mais no meu dia a dia alimentos feitos de trigo, açúcar e outros FODMAPS(“Fermentable Oligo-, Di-, Mono-saccharides And PolyolS” – [Oligo/di/mono]sacarídeos e polióis fermentáveis).
2 – Probióticos
Você sabia que, para cada célula no seu corpo, existem cerca de 10 bactérias? Isso mesmo. Você é 10% humano, 90% flora intestinal. Mas não assuste, isso é uma coisa boa! Nós precisamos das 100 trilhões de bactérias de 500 espécies diferentes pra sermos saudáveis.
O que pode acontecer é você alimentar mais as que te fazem mal do que as que te fazem bem. Aí, você está alimentando um exército que te faz mal. Os probióticos são os alimentos ricos em bactérias benéficas que dão uma força pros seus aliados, na guerra microscópica que acontece na sua barriga, nesse exato momento.
Os probióticos são bactérias benéficas que melhoram a saúde do intestino facilitando a digestão e a absorção de nutrientes. Assim, o consumo regular de alimentos probióticos ajuda o funcionamento intestinal e ainda fortalece o sistema imune, ajudando a prevenir doenças, como gripes e resfriados.
Alguns exemplos de probióticos são os Lactobacillus acidophillusL. casei e L. bifidum que, geralmente, são acrescentados em determinados alimentos que passam a ser denominados alimentos probióticos, como, por exemplo:
=> Yakult, Activia, Kefir;
=> ​Produtos orientais à base de soja, legumes e verduras, como Miso, Natto, Kimchi, que podem ser comprados em lojas especializadas.

Estes, quando consumidos regularmente, melhoram o trânsito intestinal, sendo especialmente indicados para casos de prisão de ventre e diarreia causada pela ingestão de antibióticos. Para alcançar os benefícios é recomendado o consumo de 1 iogurte com probióticos por dia, todos os dias. Os resultados podem começar a serem vistos após 7 dias.
3 – Prébióticos
Você deve estar cansado de ouvir fibra pra cá, fibra pra lá, blablabla!
Mas sobre a função mais importante das fibras, pouco se fala: São elas que alimentam a parte mais importante da nossa flora intestinal.
Em breve vou postar um artigo desbalelizador com tudo que você precisa saber sobre fibras mas já te adianto: as fibras mais saudáveis aparentemente são as solúveis, fermentáveis e viscosas. Ótima fonte? Lentilha! Além, claro, do amido resistente.
E o Kefir?
O Kefir é um dos probióticos mais potentes que existem. Pode-se comer o grão do kefir também.
Com a tampa completamente fechada o kefir fica bastante gaseificado, com um limão fica muito gostoso! Para saber mais sobre kefir ou onde conseguir, veja esse artigo.
Vamo que vaaamo!


Kefir
Se vc ganhou a doação de KEFIR  DE LEITE FRESCO ainda no leite...
É só colocar no leite, aguardar 12 horas coar esse Kefir e desprezar esse primeiro leite, 
Coloque novamente no leite, e deixe fermentando por 12, 24 ou 48 horas a seu gosto e coe .

O leite desprezado pode ser usado pra fazer patês, vitaminas, molhos de salada... 

Fonte:
http://emagrecerdevez.com/um-orgao-vital
http://www.tuasaude.com/o-que-sao-os-probioticos/
http://kefiralimentoprobiotico.blogspot.com.br/2012/08/1s-cuidados-ao-ganhar-kefir.html