Após a publicação de um estudo realizado pela universidade britânica de Reading, em 2004, que descobriu a presença intacta de metilparabeno em tumores de mama, seus efeitos tóxicos e carcinogênicos são tema de debate tanto para comunidade científica como para consumidores e mercado, que têm pedido formulações livres desse composto (paraben-free).
Os parabenos servem como conservantes, mantendo a integridade e estabilidade de um produto, já que microrganismos podem alterar tais propriedades. Conforme explica a professora da UFRGS, Sílvia Guterres, eles podem estar presentes em milhares cosméticos, medicamentos e alimentos.
— Os parabenos são muito comuns. Você pode encontrá-los em cremes, fotoprotetores, géis, maquiagem, xaropes sem açúcar, xampus e outros inúmeros remédios de forma forma líquida — revela.
Para um dos autores da pesquisa, Philippa Darbre, o fato de haver parabeno nas células cancerosas, quer dizer que parte dele não foi processada pelo corpo.
— Isso mostra que, pelo menos parte dos parabenos presentes em cosméticos, alimentos e produtos farmacêuticos pode ser absorvido e retido nos tecidos do corpo humano sem ser transformado — afirma Darbre.
Os cientistas também observaram que "os conservantes podem causar uma pequena perturbação do sistema endócrino".
Uma equipe japonesa ressaltou também a detecção de efeitos tóxicos, com o propilparabeno, sobre a reprodução em ratos jovens, acrescentando que os estudos "sugerem um risco potencial para a fertilidade masculina".
Segundo a professora Sílvia Guterres, a melhor solução seria substituir o parabeno por outros conservantes como imidazolinidil ureia ou acido sórbico.
A partir dessas descobertas, os parabenos foram demonizados pela indústria de cosméticos: sob forte pressão dos consumidores, marcas passaram a retira-los das formulações e a frase “paraben free” tornou-se quase obrigatória.
A retirada do parabeno de muitos produtos parece ter sido uma vitória, mas o que a indústria cosmética fez foi apenas retirar um tipo de conservante nocivo e acrescentar outros menos conhecidos no lugar. Se você olhar o rótulo de um cosmético “paraben free” certamente você encontrará o phenoxyethanol no meio, por exemplo.
O phenoxyethanol é um conservante que previne a formação de microorganismos e também costuma a ser usado em fragrâncias, como estabilizador. Segundo o EWG, na União Europeia o phenoxyethanol é classificado como um componente alergênico. Além disso, estudos apontam o phenoxyetanol como uma neurotoxina, ou seja, pode afetar o sistema nervoso a médio e longo prazo. Há alguns anos, um alerta da FDA também apontou efeitos neurológicos do phenoxyetanol.
Por mais que as quantidades de phenoxyethanol usadas em cosméticos sejam baixas (geralmente não ultrapassam 1%), é prudente destacar que seu corpo estará recebendo o ingrediente inúmeras vezes diariamente, visto que ele está quase onipresente na fórmula dos cosméticos atuais.
Outros ingredientes que também merecem atenção é o benzyl alcohol (álcool benzílico) e sodium benzoate (benzoato de sódio). O álcool benzílico pode causar alergia, ressecamento da pele e danos através dos radicais livres, lado a lado com o álcool etílico, metanol, álcool isopropílico e álcool SD, segundo o site Paula’s Choice.
De acordo com o site Truth in Aging, embora o sodium benzoate em si seja considerado um ingrediente relativamente seguro, ele é frequentemente encontrado nas fórmulas que também contêm vitamina C ou E, e essa combinação pode gerar o benzeno, que é cancerígeno.
Em maio de 2007, um professor de biologia molecular e biotecnologia da Universidade de Sheffield e especialista em envelhecimento chamado Peter Piper ligou os benzoatos a danos celulares. Segundo ele, o conservante causa um aumento da produção de radicais livres, relacionados a doenças graves e ao envelhecimento. Outra pesquisa feita por ele em 1999 apontou que os benzoatos podem atacar as mitocôndrias das células.
Além disso, não posso deixar de mencionar os perigosíssimos conservantes que podem conter ou liberar formol (que é cancerígeno) e causar alergias: DMDM hydantoin (presente em shampoos e condicionadores, geralmente), Imidazolidinyl urea (presente em hidratantes e sombras, geralmente), Quaternium 15 (presente em sombra e base, geralmente) e Diazolidinyl urea (presente em hidratantes, shampoos e condicionadores, geralmente).
Para a nossa sorte, nem tudo está perdido, há alternativas menos nocivas. Óleos essenciais podem ser usados como conservantes (pois alguns têm capacidade fungicida e bactericida) e ingredientes como o sorbato de potássio (potassium sorbate) são menos piores. Além disso, ingredientes antioxidantes (como a vitamina E e C) ajudam a preservar a fórmula.
No geral, o alerta não vale só para pessoas que usam cosméticos que não sejam naturais/orgânicos, ele serve para pessoas que, assim como eu, também preferem esses últimos. Marcas brasileiras e estrangeiras que se dizem naturebas também usam phenoxyethanol e outros conservantes nocivos. Fique atenta!
Outra coisa que proponho é que mandem um email para a marca que você gosta (principalmente se ela for natural/orgânica) solicitando para que esses conservantes sejam retirados, caso ela use. Para facilitar, eu montei um “modelo” de email que, se você quiser, é só copiar, colar e enviar para a marca:
A retirada do parabeno de muitos produtos parece ter sido uma vitória, mas o que a indústria cosmética fez foi apenas retirar um tipo de conservante nocivo e acrescentar outros menos conhecidos no lugar. Se você olhar o rótulo de um cosmético “paraben free” certamente você encontrará o phenoxyethanol no meio, por exemplo.
O phenoxyethanol é um conservante que previne a formação de microorganismos e também costuma a ser usado em fragrâncias, como estabilizador. Segundo o EWG, na União Europeia o phenoxyethanol é classificado como um componente alergênico. Além disso, estudos apontam o phenoxyetanol como uma neurotoxina, ou seja, pode afetar o sistema nervoso a médio e longo prazo. Há alguns anos, um alerta da FDA também apontou efeitos neurológicos do phenoxyetanol.
Por mais que as quantidades de phenoxyethanol usadas em cosméticos sejam baixas (geralmente não ultrapassam 1%), é prudente destacar que seu corpo estará recebendo o ingrediente inúmeras vezes diariamente, visto que ele está quase onipresente na fórmula dos cosméticos atuais.
Outros ingredientes que também merecem atenção é o benzyl alcohol (álcool benzílico) e sodium benzoate (benzoato de sódio). O álcool benzílico pode causar alergia, ressecamento da pele e danos através dos radicais livres, lado a lado com o álcool etílico, metanol, álcool isopropílico e álcool SD, segundo o site Paula’s Choice.
De acordo com o site Truth in Aging, embora o sodium benzoate em si seja considerado um ingrediente relativamente seguro, ele é frequentemente encontrado nas fórmulas que também contêm vitamina C ou E, e essa combinação pode gerar o benzeno, que é cancerígeno.
Em maio de 2007, um professor de biologia molecular e biotecnologia da Universidade de Sheffield e especialista em envelhecimento chamado Peter Piper ligou os benzoatos a danos celulares. Segundo ele, o conservante causa um aumento da produção de radicais livres, relacionados a doenças graves e ao envelhecimento. Outra pesquisa feita por ele em 1999 apontou que os benzoatos podem atacar as mitocôndrias das células.
Além disso, não posso deixar de mencionar os perigosíssimos conservantes que podem conter ou liberar formol (que é cancerígeno) e causar alergias: DMDM hydantoin (presente em shampoos e condicionadores, geralmente), Imidazolidinyl urea (presente em hidratantes e sombras, geralmente), Quaternium 15 (presente em sombra e base, geralmente) e Diazolidinyl urea (presente em hidratantes, shampoos e condicionadores, geralmente).
Para a nossa sorte, nem tudo está perdido, há alternativas menos nocivas. Óleos essenciais podem ser usados como conservantes (pois alguns têm capacidade fungicida e bactericida) e ingredientes como o sorbato de potássio (potassium sorbate) são menos piores. Além disso, ingredientes antioxidantes (como a vitamina E e C) ajudam a preservar a fórmula.
No geral, o alerta não vale só para pessoas que usam cosméticos que não sejam naturais/orgânicos, ele serve para pessoas que, assim como eu, também preferem esses últimos. Marcas brasileiras e estrangeiras que se dizem naturebas também usam phenoxyethanol e outros conservantes nocivos. Fique atenta!
Outra coisa que proponho é que mandem um email para a marca que você gosta (principalmente se ela for natural/orgânica) solicitando para que esses conservantes sejam retirados, caso ela use. Para facilitar, eu montei um “modelo” de email que, se você quiser, é só copiar, colar e enviar para a marca:
Antes de mais nada, gostaria de parabenizar a marca pelos produtos, dizer que tenho um grande apreço, e é justamente por isso que estou mandando este email. Gostaria de pedir que conservantes como phenoxyethanol, benzyl alcohol, sodium benzoate (dentre outros liberadores de formol como DMDM hydantoin, Imidazolidinyl urea, Quaternium 15 e Diazolidinyl urea) não fossem mais usados nas formulações (sei que alguns não são mais usados, mas serve para os que ainda são). Embora aprovados tanto pela Anvisa (e sendo usados em doses permitidas pela mesma) quanto por órgãos estrangeiros como a FDA, estudos e organizações como o Environmental Working Group mostram que esses conservantes não são 100% seguros a médio e longo prazo.Vale mencionar que ao receber esse email, algumas marcas (talvez todas) vão tentar se esquivar (ou ignorar), dizer que não há problema nenhum com os ingredientes, citar que testes disso e aquilo foram feitos e que são totalmente seguros e etc, isso é óbvio que vão fazer. Cabe a você pesquisar e escolher de qual lado irá ficar.
Inclusive, em 2008 a própria FDA emitiu um alerta acerca de um produto que continha phenoxyethanol e mencionou o fato do ingrediente poder atuar no sistema nervoso. Em virtude disso, gostaria que esses conservantes citados fossem substituídos por métodos mais saudáveis de conservação, tais como o uso de óleos essenciais, ativos naturais antioxidantes, sorbato de potássio, embalagens herméticas, dentre outras medidas.
Tenho bastante admiração pela marca, mas também me preocupo com a minha saúde e infelizmente terei de parar de comprar até que esses ingredientes sejam substituídos.
Abraço
Fonte:
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2011/05/alem-de-cancer-parabeno-pode-causar-perturbacao-endocrina-3325153.html
https://lookaholic.wordpress.com/2012/11/21/conversantes-tao-prejudicais-quanto-os-parabenos/
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