Quem curte incenso levanta a mão. Na sabedoria popular, muito se fala sobre o poder dos incensos quando o assunto é é tratar a energia sutil, das coisas, pessoas ou ambientes. Também já ouvimos falar da tão comentada proteção espiritual conferida. Seria isso verdade ou não passa de uma superstição tola? Será que esse simples elemento realmente é eficiente para harmonizar energeticamente tanto ambientes como pessoas? Ou será que estamos diante de pura crença sem fundamento científico ou funcional?
O incenso vem sendo utilizado há milênios por diversas culturas, com fins variados, tendo a sua origem ligada ao antigo império egípcio. Era, e ainda é, comumente utilizado para purificação do ambiente e dos seus habitantes ou frequentadores. Também é muito utilizado para honrar as divindades e propiciar relaxamento e mudanças no estado mental e emocional das pessoas. Além das questões ditas “místicas” pode-se citar também os efeitos psicológicos causados pelos diferentes aromas que sentimos. Quem nunca sentiu um cheirinho de bolo e lembrou-se da infância?! Ou o cheiro daquela flor que tinha no jardim da sua escola, e tantos outros cheiros que podem nos trazer sentimentos e sensações de alegria, relaxamento, excitação, saudade entre outros, cabe a cada um selecionar o que quer sentir, o que lhe faz bem.
Basicamente os incensos são compostos por: fragrância, bambu (vareta), pó de sândalo, resina vegetal e carvão. Os diferentes tipos dos incensos derivam principalmente da proporção usada e da qualidade dos ingredientes citados. Os incensos mais simples têm uma concentração de carvão maior do que o massala por exemplo, este por sua vez possui mais carvão do que a massala “especial”, alguns incensos inclusive não possuem carvão em sua composição, tendo em seu lugar o amido de milho, sendo ideal para pessoas mais sensíveis olfativamente.
O incenso massala, principalmente as “especiais” (como são chamadas estas massalas mais puras, com alta concentração de resina e pó de sândalo), possuem odor mais intenso e marcante (acesos) e permanecem de maneira suave no ambiente mesmo depois de terminada a sua queima. Note a diferença entre os tipos: em sentido horário, incenso carvão (simples), massala, massala especial, amido de milho, incenso ananda, incenso com ervas.
O poder do incenso é transcendental porque reúne múltiplos elementos que são muito eficientes na harmonização de um ambiente. Quando a vareta é queimada, múltiplos elementos entram em ação e atuam no ambiente, pessoa ou objeto que se deseja. Veja os principais elementos benéficos oferecidos na queima do incenso:
Fogo - Quando o incenso queima, a força do elemento fogo atua no ambiente contribuindo para a transmutação das energias desequilibradas do local. O elemento fogo tem a força de limpar as saturações atmosféricas condensadas já em níveis materiais. Sempre que os fluídos densos psíquicos já estão muito condensados, os grupos de elementais do fogo agem purificando as forças e devolvendo o reequilíbrio.
Ar e éter - Na queima do incenso, a fumaça liberada ao ar tem a propriedade de transitar entre a dimensão física (fumaça) e a dimensão extrafísica (éter quinto elemento, que é o veículo pelo qual o ar transita). Essa capacidade permite que as propriedades do fogo, das resinas, óleos essenciais e ervas do incenso, atuem simultaneamente nas duas dimensões citadas, portanto trata-se de um agente de conexão, de transição ou comunicação.
Ervas, resinas e óleos naturais - As propriedades específicas desses elementos usados individualmente ou combinados oferecem as forças de suas essências energéticas altamente benéficas. Além disso, quando queimadas, emanam ao ambiente a energia potencial retida em suas estruturas durante todo o processo de surgimento na natureza, desde os primeiros segundos de vida no planeta Terra, quando surgiram como sementes ou semelhantes, até o momento de uso.
Como escolher
Segundo a terapeuta holística, o maior indicativo de qualidade infelizmente é o preço "Se estiver muito barato, desconfie. Incenso bom leva só plantas, ervas e especiarias e costuma ser um pouco caro".
· Os melhores têm aspecto úmido, indicando essências mais duradouras.
· Há bons incensos nacionais à base de ervas e carvão.
· Prefira adquiri-los em templos orientais, centros de ioga ou lojas de produtos naturais.
· Evite aqueles que contenham chumbo, goma-arábica ou breu, pois são tóxicos.
· Pessoas com bronquite, asma ou alergia devem ficar longe dos incensos.
. Friccione o incenso na palma da mão, se ela ficar preta, o incenso contém muito carvão e é de má qualidade.
. Se irritar seu nariz é um mal sinal. A fumaça escura indica presença de elementos tóxicos. Os incensos naturais tem fumaça branca.
. Se elas ficam presas à ponta de bambu por um fio de carvão é sinal de baixa qualidade.
. Se sentir algum desconforto por conta do incenso, apague-o pressionando contra uma superfície dura, como o cigarro. Caso contrário, ele queimará até o fim. A chance de irritação respiratória diminui se o incenso for bom e se a exposição a fumaça dele for pouca.
Entretanto, cabe o alerta para o seu uso (escolha um de qualidade), pois o incenso acaba de receber sinal vermelho da Pro Teste em 2008, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. Cinco marcas avaliadas mostram que daquela fumacinha, aparentemente inocente, exalam substâncias altamente tóxicas.
Às vezes, nós sentimos fortes dores de cabeça que podem estar vinculadas com o uso destes incensos de qualidade duvidosa. Ao que parece, não se fazem mais incensos como antigamente. A receita tradicional do agarbatti, incenso indiano em forma de vareta, que é o mais popular aqui no Brasil, inclui ingredientes como estrume seco, ghee, resinas nobres e ervas medicinais e aromáticas e um longo e lento processo artesanal de elaboração.
No entanto, comerciantes desonestos perceberam que nós aqui não entendemos muito do assunto e assim, fomos invadidos nos últimos tempos por uma enxurrada de incensos industriais que, quase sempre, deixam bastante a desejar. Não é pelo fato do incenso ser fabricado na Índia, que ele é necessariamente de boa qualidade.
Queimando um incenso todos os dias, por exemplo, a pessoa inala a mesma quantidade de benzeno --substância cancerígena-- contida em três cigarros, ou seja, em torno de 180 microgramas por metro cúbico. Há também alta concentração de formol, cerca de 20 microgramas por metro cúbico, que pode irritar as mucosas.
As substâncias nem de longe lembram as especiarias aromáticas com as quais o incenso era fabricado no passado, como gálbano, estoraque, onicha e olíbano. Se há uma leve semelhança, ela reside na forma obscura da fabricação. No passado, o incenso era preparado secretamente por sacerdotes.
Hoje, o consumidor também não é informado como esses produtos são feitos e quais substâncias está inalando. O motivo é simples: por falta de regulamentação própria, os fabricantes de incenso não são obrigados a fazer isso.
Nas cinco marcas avaliadas (Agni Zen, Big Bran, Golden, Hem e Mahalakshimi), todas indianas, não há sequer o nome do distribuidor brasileiro na embalagem. Muito menos a descrição de quais substâncias compõem o produto. A Folha tentou localizar as empresas, por meio dos nomes dos incensos, mas, assim como a Pro Teste, não teve sucesso.
A avaliação foi feita a partir da simulação do uso em ambiente parecido com uma sala. Segundo a Pro Teste, foi medida a emissão de poluentes VOCs (compostos orgânicos voláteis) e de substâncias passíveis de causar alergias, como benzeno e formol. As concentrações foram medidas após meia hora do acendimento.
Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste e colunista da Folha, alerta que os aromatizadores de ambiente, como o incenso, são vendidos sem regulamentação ou fiscalização, o que representa perigo à saúde.
"Os consumidores pensam que se trata de produtos inofensivos, que trazem harmonia e, na verdade, estão inalando substâncias altamente tóxicas e até cancerígenas."
A Pro Teste reivindica que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) faça um estudo sobre o impacto dos produtos na saúde e elabore regulamentação para a produção, importação e venda no Brasil.
Fonte:
http://www.luzdaserra.com.br/incenso-e-sal-grosso-realmente-funcionam-1849
http://blogmistica.blogspot.com.br/2012/05/saiba-mais-sobre-o-incenso.html
http://www.yoga.pro.br/artigos/727/3023/a-fumaca-de-um-incenso-e-pior-do-que-a-de-um-cigarro
http://mdemulher.abril.com.br/estilo-de-vida/mais-feliz/incensos-guia-de-compras-cheiros-e-rituais
http://anamariabraga.globo.com/canais/zen/escolhendo-seu-incenso.html
http://mdemulher.abril.com.br/estilo-de-vida/mais-feliz/incensos-guia-de-compras-cheiros-e-rituais
http://anamariabraga.globo.com/canais/zen/escolhendo-seu-incenso.html